No
dia 06 de maio foi realizada uma reunião entre os pescadores do município de
Amapá e o novo gestor da Estação Ecológica (ESEC) de Maracá-Jipioca, o analista
ambiental Iranildo Coutinho, nas dependências da Associação da Colônia de
Pescadores Z2.
Colônia de Pescadores do Amapá Z2. Foto: Renata Ferreira. |
A
relação entre os pescadores e os gestores da unidade tem sido de intensos
confrontos nos últimos anos, apesar de já ter havido acertos anteriores para
permissões de tráfego, fundeio e pesca de anzol em algumas áreas próximas às
ilhas.
A
reunião teve por objetivo iniciar um processo de gestão de conflitos e
proporcionar a compatibilização dos interesses dos pescadores do município do
Amapá com os objetivos da Unidade de Conservação.
Reunião entre ICMBio e Pescadores: Foto Girlan Dias |
Na
ocasião, os pescadores entregaram um abaixo assinado ao gestor da ESEC, no qual
solicitavam autorização para fundear seus barcos na ilha de Maracá e permissão
para pescar de anzol nas proximidades do limite da unidade, oferecendo parceria
para contribuir na proteção da unidade.
Como
resultado da reunião, ficou acertado, em caráter experimental, que os barcos
dos pescadores podem ficar fundeados no perímetro da costa oeste da ESEC
Maracá-Jipioca a permissão à pesca de anzol e espinhel, proibindo-se o
desembarque na ilha, a pesca de rede, além da caça, corte de árvores e qualquer
outra atividade que envolva exploração de recursos do interior da unidade. O
acordo, inicialmente, é válido para pescadores cadastrados na Colônia Z-2, do
município de Amapá.
Ficou
definido que, caso se verifique que este acordo possa causar algum risco à
integridade da UC, o mesmo será cancelado, sendo comunicado antecipadamente aos
pescadores por meio de sua Colônia, com as devidas justificativas. A manutenção
do acordo dependerá da atitude dos pescadores frente às normas, verificadas nas
ações de vigilância e fiscalização.
Após
essa primeira experiência, o objetivo será dar continuidade ao processo de
negociação, estabelecendo-se normas e regras que possam assegurar a atividade
dos pescadores e a proteção das espécies que utilizam a unidade como abrigo e
local de reprodução, com o devido acompanhamento das instituições relacionadas
ao tema.
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