terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Reunião do Conselho Consultivo da ESEC de Maracá-Jipioca é realizada na base de campo da ilha de Maracá do Norte.


Pela primeira vez em sua história, a reunião do Conselho Consultivo da Estação Ecológica de Maracá-Jipioca (COEEMAJI) foi realizada no interior da unidade, na ilha de Maracá do Norte, entre os dias 10 a 12 de dezembro de 2013. 

A realização da reunião no interior da ilha era uma reivindicação antiga dos conselheiros, desde a criação do Conselho, em 2003. Entretanto, a dificuldade de acesso, a escassez de água potável e as precárias condições da base de campo sempre foram os principais empecilhos à sua realização. 
Com apoio do Programa ARPA, foi possível realizar pequenos reparos na base e nas cisternas, para dar condições de alojamento temporário aos conselheiros e contratar serviços de apoio logístico, como aluguel de embarcações e fornecimento de alimentação, possibilitando a realização da reunião na ilha. 
A Quinta Reunião Ordinária do COEEMAJI contou com a participação de professores da Universidade do Estado do Amapá (UEAP), que apresentaram resultados das pesquisas sobre ictiofauna presente na estação ecológica, e com a colaboração do fotógrafo Rubens Matsushita, que fez uma exposição sobre fotografia da natureza e de seus registros feitos na ESEC de Maracá-Jipioca. 
Duas instituições-membro, Federação de Agricultura e Pecuária do Amapá (FAEAP) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) apresentaram ao conselho sua missão institucional e as principais atividades que desenvolvem em prol da sociedade. 
Além disso, foi apresentada ao conselho pelo chefe da unidade, Iranildo Coutinho, as ações planejadas e executadas a respeito do Conselho Consultivo, do Plano de Manejo, da construção da nova base, dos recursos do Programa ARPA, e da ação de contagem de búfalos que será realizada ainda em dezembro de 2013. 
Ao final do segundo dia, os conselheiros fizeram um percurso a pé por uma trilha aberta pela brigada de incêndios, para viver a emoção de estar num território com alto grau de preservação. As fotos podem ser vistas no blog do conselho www.coeemaji.blogspot.com.br. 
O objetivo principal da reunião, entretanto, foi possibilitar aos conselheiros conhecer de fato a unidade de conservação pela qual são co-responsáveis, de forma a vivenciar um pouco da rotina dos funcionários e colaboradores que atuam na preservação e produção de conhecimento sobre essa importante área protegida do litoral do brasileiro. 

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Atividade de pesca é tema da 5ª Reunião Ordinária do Conselho Consultivo de Maracá-Jipioca‏

A Estação Ecológica de Maracá-Jipioca, uma unidade de conservação federal, realiza no período de 10 a 12 de dezembro, na sede da unidade, situada na ilha de Maracá Norte, a 5º reunião ordinária de seu conselho consultivo. Um dos temas a ser abordado será a atividade de pesca no entorno da unidade.

O conselho gestor foi formado para apoiar na gestão da unidade, que se reúne a cada quatro meses para debater e encaminhar ações ligadas aos problemas ambientais e sociais que atingem a estação ecológica e a região de entorno.

Formada por duas ilhas oceânicas localizadas no litoral do estado do Amapá, que possuem uma área de 72 mil hectares, e que está sob a gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio.

Desde o início de 2013, o ICMBio tem buscado o diálogo com os pescadores do município de Amapá, para que se resolva o conflito histórico existente entre a fiscalização ambiental e classe pesqueira; e o conselho gestor tem apoiado na resolução do conflito, já que inclui órgãos ligados à pesca e representantes dos pescadores, além de instituições de ensino superior, do poder público do município de Amapá, das comunidades próximas, e de órgãos de gestão ambiental federais e estaduais.

 A estratégia tem sido sensibilizar para o entendimento de que a pesca é uma atividade importante para o estado e para a classe de pescadores, que deve ser valorizada, mas que necessita ser desenvolvida a partir de normas que permitam torná-la sustentável, de forma que gere renda para o trabalhador que atua na cadeia produtiva do pescado, receitas para o estado, e conservação dos recursos pesqueiros e das demais espécies da biodiversidade.

 As ilhas de Maracá e Jipioca são importantes áreas de reprodução e abrigo de espécies da biodiversidade costeira amazônica, incluindo de espécies de peixes estuarinos e marinhos que são capturados na costa amapaense. Sua proteção implica diretamente na manutenção dos estoques pesqueiros presentes no litoral do Amapá, que é uma das regiões com maior produção pesqueira do litoral brasileiro, embora não seja adequadamente aproveitada pelos pescadores locais.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

ESEC Maracá-Jipioca realizada reunião do Conselho Consultivo

A Estação Ecológica (ESEC) Maracá-Jipioca, localizada no município de Amapá, promove nos dias 17 e 18 de setembro, no Campus Avançado da UNIFAP, no município do Amapá, a 4ª Reunião Ordinária do Conselho Consultivo.
Membros do Conselho Consultivo e convidados durante a 3ª Reunião Ordinária.
Foto: Alessandra Lameira

Durante a reunião será apresentada a proposta de pesca e empreendimento, pelo SEBRA/AP. Também será debatida a situação de pesca no município do Amapá, pela Colônia Z-2.
Um dos pontos de pauta da reunião é a reativação da Câmara Técnica de Pesca e Secretaria Executiva e a revisão do Plano de Ação do Conselho Consultivo.
O conselho é formado por gestores da unidade e representantes de vários segmentos do poder público e sociedade civil.

A ESEC Maracá-Jipioca, criada pelo decreto nº. 86.061, de 02 de junho de 1981, engloba as ilhas Maracá Norte, Maracá Sul e Jipioca, totalizando uma área de 72 mil hectares, protegendo áreas de mangues e campos inundáveis, que funcionam como berçários e áreas de abrigo a diversas espécies vegetais e animais da zona de influência do estuário amazônico e costeiro marinho. O órgão federal responsável por sua gestão é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Peixe-boi é resgatado pela equipe da Estação Ecológica de Maracá-Jipioca‏‏

No dia 14 de setembro de 2013, a equipe de brigadistas da Estação Ecológica (ESEC) de Maracá-Jipioca com apoio de moradores e pescadores da cidade de Amapá, resgatou um espécime de peixe-boi que se encontrava encalhado na área portuária daquela cidade, situada a 320 km de Macapá, no estado do Amapá.
Peixe-boi marinho sobre os cuidados da Equipe do IBAMA e ICMBio
Foto: Dilvulgação ICMBio

 O animal foi posto sob os cuidados temporários da brigada de incêndios da estação ecológica, orientados via telefone pelo gestor da unidade de conservação sobre os procedimentos a serem tomados para sua segurança.

Ao saber da ocorrência do encalhe, o chefe da unidade de conservação, Iranildo Coutinho, entrou em contato com a pesquisadora MSc. Danielle Lima, que é representante do Instituto de Pesquisas Científicas do Estado do Amapá (IEPA) na Rede de Encalhes de Mamíferos Aquáticos do Norte do Brasil (REMANOR) e com a veterinária Sandra Aparecida Rameiro, do Centro de Triagem de Animais Silvestres - CETAS/IBAMA/AP, que passaram as orientações iniciais, realizaram os atendimentos emergenciais e acompanharam o transporte do peixe-boi para a cidade de Macapá, no dia 15 de setembro, para o devido tratamento no CETAS/IBAMA/AP.

Apesar do nome, o peixe-boi é um mamífero aquático, e encontra-se na lista vermelha de espécies em extinção pela União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais - IUCN, dada à forte pressão provocada pela caça e pela perda de habitats, a partir da destruição das áreas de manguezais e comprometimento dos rios e estuários. O litoral do Amapá é uma das poucas regiões que mantém preservados esses ambientes, e, por isso, ainda há forte ocorrência da espécie.

Observou-se que se trata de um animal bastante jovem, com cerca de 1,1 metro de comprimento e 19 quilogramas, e aparentemente, deva ser da espécie peixe-boi marinho (Trichechus manatus manatus), embora ocorra casos de hibridismo na região, pela presença do peixe-boi amazônico (Trichechus inunguis), o que dificulta a decisão sobre o melhor tratamento a ser dado nesse caso. Um animal adulto da espécie marinha pode chegar a 4 metros de comprimento e da espécie amazônica alcança até 3 metros.

As especialistas concluíram que o espécime possui poucos meses de vida, e ainda requer amamentação e cuidados com sua saúde, para só então proceder à soltura, após longo processo de reabilitação. Tudo indica que o animal deva ter se perdido da mãe, seja devido às fortes marés ocorridas na semana passada ou pela mesma ter sido vítima de caça, entre outras possibilidades.

Por meio do REMANOR, através do apoio da oceanógrafa Míriam Marmontel, Líder do Grupo de Pesquisas em Mamíferos Aquáticos Amazônicos, do Instituto Mamirauá, identificou-se um cativeiro (em ambiente natural) que oferece condições adequadas para reabilitação do peixe-boi na ilha do Marajó. Essa instalação é está sob a responsabilidade do IBAMA/Pará, em parceria com a Reserva Extrativista (RESEX) de Soure/PA, GEMAM/Museu Emílio Goeldi, Prefeitura de Salvaterra e comunidade local. O Instituto Mamirauá disponibilizou recursos financeiros para o transporte aéreo, tão logo seja dada autorização pelo IBAMA/AP, que hoje se encontra como responsável pelo espécime.

O objetivo é que após o reestabelecimento do animal, o mesmo seja devolvido ao Amapá, para soltura e monitoramento na região onde fora encontrado. Estima-se que isso deva ocorrer num período de 1 a 2 anos, a depender da resposta do animal ao processo de reabilitação. Dada as circunstâncias em que o peixe-boi foi encontrado, os brigadistas deram-lhe o nome de “Vitor Maracá”, referindo-se ao masculino de “Vitória” pelo resgate bem sucedido, e Maracá, em alusão à área protegida da qual são responsáveis, onde há grande ocorrência da espécie.

terça-feira, 21 de maio de 2013

ESEC de Maracá-Jipioca reúne Conselho Consultivo

A Estação Ecológica (ESEC) Maracá-Jipioca, localizada no município de Amapá, promoveu na última quinta-feira (16) e sexta-feira (17), na Câmara Municipal , a 3ª reunião do conselho consultivo.
Foto: Alessandra Lameira

Foto: Alessandra Lameira

Foto: Alessandra Lameira


O conselho é formado por gestores da unidade e representantes de vários segmentos do poder público e sociedade civil. 

Além de questões relacionadas à gestão da ESEC, foi discutida a proposta de criação de uma reserva extrativista (Resex) marinha no litoral do Amapá. Os estudos estão sendo conduzidos pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema). 
O novo chefe da Esec, Iranildo Coutinho, aproveitou o encontro para apresentar ao conselho as atividades desenvolvidas na unidade de conservação (UC) e o seu plano de trabalho. 

Foto: Alessandra Lameira
Foi apresentada durante a reunião o projeto do do Curso de Pedagogia de Projetos em Temas Ambientais (CPPTA), a ser realizado no município do Amapá e voltado aos professores da rede pública de ensino municipal e estadual.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Conselho Consultivo da Estação Ecológica de Maracá-Jipioca realiza 3ª Reunião Ordinária



O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e os conselheiros da Estação Ecológica (ESEC) Maracá-Jipioca, realizarão nos dias 16 e 17 de maio, na Câmara Municipal do Amapá, a 3ª Reunião Ordinária do seu Conselho Consultivo. O objetivo deste evento é apresentar aos conselheiros as atividades desenvolvidas pela Unidade de Conservação (UC) federal.
Durante a reunião, será apresentada o plano de trabalho do novo gestor da ESEC de Maracá-Jipioca, Iranildo Coutinho, que assumiu a Unidade de Conservação (UC), em substituição ao analista ambiental Admilson Stéphano.
Com a chegada de novos membros ao colegiado, será realizada uma apresentação sobre o processo de formação e reativação do conselho, ocorrida em 2011, para facilitar o entendimento sobre os objetivos de sua existência.
Será apresentando também a proposta do Curso de Pedagogia de Projetos em Temas Ambientais (CPPTA), a ser realizado no município do Amapá, voltado aos professores da rede pública de ensino municipal e estadual.
Um dos assuntos mais importantes que vai ser destacado durante a reunião é a proposta de criação de uma reserva extrativista marinha no litoral do estado do Amapá, cujos estudos estão sendo conduzidos pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA).
A realização da 3ª Reunião do Conselho Consultivo ESEC Maracá-Jipioca tem o apoio do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA).
O Conselho da ESEC Maracá-Jipioca é uma composição mista, com representantes do Poder Público das três esferas de governo e por membros da Sociedade Civil, que visa transformar o Conselho num espaço de mediação entre interesses nacionais e locais, coletivos e privados.
A ESEC Maracá-Jipioca, criada pelo decreto nº. 86.061, de 02 de junho de 1981, engloba as ilhas Maracá Norte, Maracá Sul e Jipioca, totalizando uma área de 72 mil hectares, protegendo áreas de mangues e campos inundáveis, que funcionam como berçários e áreas de abrigo a diversas espécies vegetais e animais da zona de influência do estuário amazônico e costeiro marinho. O órgão federal responsável por sua gestão é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). 

terça-feira, 14 de maio de 2013

ESEC Maracá-Jipioca e pescadores do Amapá realizam reunião


No dia 06 de maio foi realizada uma reunião entre os pescadores do município de Amapá e o novo gestor da Estação Ecológica (ESEC) de Maracá-Jipioca, o analista ambiental Iranildo Coutinho, nas dependências da Associação da Colônia de Pescadores Z2.
Colônia de Pescadores do Amapá Z2. Foto: Renata Ferreira. 
A relação entre os pescadores e os gestores da unidade tem sido de intensos confrontos nos últimos anos, apesar de já ter havido acertos anteriores para permissões de tráfego, fundeio e pesca de anzol em algumas áreas próximas às ilhas.
A reunião teve por objetivo iniciar um processo de gestão de conflitos e proporcionar a compatibilização dos interesses dos pescadores do município do Amapá com os objetivos da Unidade de Conservação.

Reunião entre ICMBio e Pescadores: Foto Girlan Dias
Na ocasião, os pescadores entregaram um abaixo assinado ao gestor da ESEC, no qual solicitavam autorização para fundear seus barcos na ilha de Maracá e permissão para pescar de anzol nas proximidades do limite da unidade, oferecendo parceria para contribuir na proteção da unidade.
Como resultado da reunião, ficou acertado, em caráter experimental, que os barcos dos pescadores podem ficar fundeados no perímetro da costa oeste da ESEC Maracá-Jipioca a permissão à pesca de anzol e espinhel, proibindo-se o desembarque na ilha, a pesca de rede, além da caça, corte de árvores e qualquer outra atividade que envolva exploração de recursos do interior da unidade. O acordo, inicialmente, é válido para pescadores cadastrados na Colônia Z-2, do município de Amapá.
Ficou definido que, caso se verifique que este acordo possa causar algum risco à integridade da UC, o mesmo será cancelado, sendo comunicado antecipadamente aos pescadores por meio de sua Colônia, com as devidas justificativas. A manutenção do acordo dependerá da atitude dos pescadores frente às normas, verificadas nas ações de vigilância e fiscalização.
Após essa primeira experiência, o objetivo será dar continuidade ao processo de negociação, estabelecendo-se normas e regras que possam assegurar a atividade dos pescadores e a proteção das espécies que utilizam a unidade como abrigo e local de reprodução, com o devido acompanhamento das instituições relacionadas ao tema.

ESEC de Maracá-Jipioca sob nova gestão

Iranildo Coutinho, Chefe da Estação Ecológica
Maracá-Jipioca. Foto: Renata Ferreira

A Estação Ecológica de Maracá-Jipioca, localizada no litoral do estado do Amapá, tem um novo gestor. Em janeiro, o analista ambiental, Iranildo Coutinho, assumiu a gestão da Unidade de Conservação (UC), em substituição ao analista ambiental Admilson Stéphano, que atuou por mais de 10 anos na gestão da UC.
Estação Ecológica (ESEC) é uma unidade de conservação de proteção integral e tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. É proibida a visitação pública, exceto com objetivo educacional, e a pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável.
A ESEC Maracá-Jipioca, criada pelo decreto nº. 86.061, de 02 de junho de 1981, engloba as ilhas Maracá Norte, Maracá Sul e Jipioca, totalizando uma área de 72 mil hectares, protegendo áreas de mangues e campos inundáveis, que funcionam como berçários e áreas de abrigo a diversas espécies vegetais e animais da zona de influência do estuário amazônico e costeiro marinho. O órgão federal responsável por sua gestão é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O analista ambiental Iranildo Coutinho é geógrafo, amapaense, formado pela Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), e esteve na equipe da Reserva Biológica (REBIO) do Lago Piratuba/AP desde 2005, já tendo trabalhado na Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Estado do Amapá (SEMA/AP) e como professor na rede pública estadual e municipal, do município de Macapá.
Tem como objetivos principais em sua gestão dotar a unidade de estruturas físicas adequadas para funcionar como estação de pesquisa; proporcionar a gestão participativa; melhorar a relação com os pescadores apoiando no ordenamento pesqueiro; e promover a proteção da unidade.