quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Vigésima Segunda Reunião Ordinária do Conselho Consultivo da Estação Ecológica de Maracá-Jipioca

Conselho Consultivo realiza a sua 22ª reunião ordinária com a elaboração do plano de ação para 2020-2021 e discussões sobre acordo de pesca

A 22ª Reunião Ordinária do Conselho Consultivo da Estação Ecológica de Maracá-Jipioca, ocorreu no Centro Diocesano em Macapá-AP, no dia 03 de dezembro de 2019. A reunião contou com a presença de 13 conselheiros, tendo como pautas a elaboração do plano de ação do conselho, o acordo de pesca para o entorno da ilha de Maracá e as atividades desenvolvidas pela ESEC no ano de 2019.

Figura 1 - O moderador Charly Sanches conduziu os trabalhos na reunião.

O acordo de pesca para o entorno da ilha de Maracá foi uma demanda dos próprios pescadores da cidade de Amapá, especialmente dos que utilizam anzóis (espinhel). A competição com as redes de emalhe reduz a produtividade e provoca conflitos entre os pescadores. Grande parte da frota pesqueira que atua na região vem do Pará, que possui embarcações e redes de emalhe com alta capacidade de captura.

Pelo acordo proposto pelos pescadores, com apoio do ICMBio, espera-se limitar até 3 milhas náuticas no entorno da ilha de Maracá, foram dos limites da unidade de conservação, para pesca exclusiva de anzol (espinhel), que por ser mais seletiva traz menos impactos negativos à fauna aquática que utiliza a ilha como berçário.
Figura 2 - Debate sobre o acordo de pesca. Foto: arquivo EEMJ.

A discussão sobre o acordo de pesca vem ocorrendo há pelo menos seis anos, e o que mais dificulta a publicação de um ato normativo é constante mudança na política voltada para a pesca, tanto a nível federal quanto estadual. Para que se estabeleça uma portaria, por exemplo, é preciso saber qual instituição é responsável pelo ordenamento pesqueiro na região para que se possa avançar nesse processo.


Figura 3 - Conselheira Cecile Gama, representante do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA), comentando sobre o acordo de pesca.

O Plano de Ação do Conselho Consultivo é o documento que norteia as ações do conselho para o próximo biênio. Nele são definidas as ações prioritárias e os temas a serem tratados durante as reuniões. No plano atual, foram estabelecidas ações e metas vinculadas aos processos de Proteção, Gestão Socioambiental, e Pesquisa e Monitoramento.

O grupo de Gestão Socioambiental propôs atividades para a regulamentação da pesca, como a realização de reuniões comunitárias com reuniões bienais. Além da divulgação das atividades, como a produção de materiais, que ficou por responsabilidade da UEAP, ICMBio e PMA, para o desenvolvimento dessas atividades e captação de parceiros.


Figura 4 - Grupo da Gestão Socioambiental apresentado pela analista Cristiane Oliveira (ICMBio).

O grupo responsável pela Proteção, estabeleceu como atividades o aumento das ações de fiscalização, além da formalização de um instrumento legal para o acordo de pesca (portaria, decreto), e a aquisição de equipamentos para realizar cursos de capacitação para operacionalizar os equipamentos até o primeiro semestre de 2021.

Figura 5 - Ações formuladas pelo grupo de Proteção.

Com relação ao grupo de Pesquisa e Monitoramento, as ações se trataram de um diagnóstico de pesca, e foi sugerido como meta encontrar parceiros para desenvolver as ações ligadas ao diagnóstico. A segunda ação seria implantar projeto de inventários com a fauna e flora. 
Figura 6 - Grupo responsável pela elaboração de ações voltadas à Pesquisa e Monitoramento.

Para finalizar a reunião, o presidente do Conselho, Iranildo Coutinho falou brevemente sobre a situação física da base de Maracá na cidade de Amapá, que obteve da Prefeitura de Amapá um documento que admite a cessão do imóvel e agora poderá terminar as reformas necessárias.

Figura 7 - Retrospectiva da reformulação do processo do conselho.