sexta-feira, 27 de maio de 2022

Seleção de Brigadistas da ESECMJ

    A seleção para brigadista da Estação Ecológica de Maracá Jipioca teve edital lançado no dia 13 deste mês e busca a seleção de pessoas através de análise curricular objetiva, avaliação física e habilidades no uso de ferramentas agrícolas. O contrato, a depender do cargo selecionado, terá duração de 6 a 24 meses, as profissões estão selecionadas em níveis l e ll, Brigadistas e Chefe de esquadrão, que atuarão na prevenção e combate a incêndios florestais da Unidade de Conservação. Ao todo são 6 vagas ofertadas para preenchimento de cargos dispostas entre os níveis de ocupação. As inscrições estão sendo realizadas presencialmente no Escritório Administrativo da Estação Ecológica de Maracá- Jipioca, Centro, as inscrições tem término às 18:00 horas do dia de hoje, 27. O requisito de escolaridade é de fundamental incompleto, abaixo segue o link do edital de seleção


Edital: https://www.gov.br/icmbio/pt-br/servicos/seja-um-brigadista/2022/SEI_ICMBio11051636Edital.pdf

quinta-feira, 7 de abril de 2022


''Matança do boto-cinza desencadeia operação conjunta do ICMBIO/IBAMA e Polícia Civil na região da Estação Ecológica (Esec) Maracá-Jipioca, em Amapá.''

Em destaque, título da matéria publicada pelo site ''O viajante'' no dia 31 de março, abaixo segue o link para leitura e conhecimento do ocorrido na Estação Ecológica:



sexta-feira, 11 de março de 2022

 

CENSO NEOTROPICAL DE AVES LIMÍCOLAS

O Censo Neotropical de Aves é realizado pelo CEMAV - Centro Neotropical de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres e coordenado pelo Wetlands International. No estado do Amapá, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade coleta dados que serão encaminhados ao CEMAV, da presença de aves limícolas no Parque Nacional do Cabo Orange-PNCO e Estação Ecológica de Maraca-Jipioca-ESECMJ. O monitoramento está sob responsabilidade do Analista Ambiental e servidor do PNCO, Paulo Silvestro e chefe da ESECMJ, Iranildo Coutinho. O estudo ocorre em diversos países do mundo desde 1990, no pais os primeiros estudos ocorrem a partir de 1991, na região norte os estados representantes são, Amapá, Maranhão e Pará.

Abaixo, a região geográfica da ocorrência da pesquisa: 


Estação Ecológica Maracá Jipioca, ilha norte e sul

 


Parque Nacional do Cabo Orange

Fonte: Google Earth


Fotos das espécies observadas neste estudo:

 

                              


 

A pesquisa envolve expedições de campo com os objetivos de estudar a abundância e distribuição das aves limícolas migratórias neárticas em sítios de pouso e invernada ao longo da rota migratória atlântica; espécies como Calidris pusilla e Calidris canutus são exemplos presentes neste monitoramento. A espécie Calidris pusilla é uma importante ave neártica que encontra-se na lista vermelha da fauna em extinção, o que fornece ainda mais ênfase na importância da realização deste trabalho. O CNAA fornece estimativas populacionais das aves aquáticas, monitora mudanças nos números de aves e também amplia conhecimentos sobre espécies pouco conhecidas. 


Espécie: Calidris pusilla

Atualmente o desenvolvimento da pesquisa ocorre sob inspeção direta de Paulo Silvestro, e dos pesquisadores responsáveis, na ilha de Maracá Jipioca, entre os dias 05 a 20 de fevereiro e 12 a 17 de julho. A coleta de dados é feita no mesmo período todos os anos, com equipamentos especializados. São coletados dados como: nome científico, coordenadas geográficas e o quantitativo de espécies avistadas. Os dados coletados são comparados com os do ano interior para observar modificações populacionais que podem ocorrer. Os estudos práticos referentes ao mês de fevereiro já foram realizados, após a conclusão da coleta dos dados nos períodos selecionados, será realizada a analise final para obtenção de resultado e a elaboração de relatórios que ser~]ao enviados ao órgão organizador do projeto.

Foto: Girlan Dias - Calidris pusila



Para acompanhamento digital do andamento da pesquisa: 

@ESECMJ

Por: Mariana Araújo

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Vigésima Segunda Reunião Ordinária do Conselho Consultivo da Estação Ecológica de Maracá-Jipioca

Conselho Consultivo realiza a sua 22ª reunião ordinária com a elaboração do plano de ação para 2020-2021 e discussões sobre acordo de pesca

A 22ª Reunião Ordinária do Conselho Consultivo da Estação Ecológica de Maracá-Jipioca, ocorreu no Centro Diocesano em Macapá-AP, no dia 03 de dezembro de 2019. A reunião contou com a presença de 13 conselheiros, tendo como pautas a elaboração do plano de ação do conselho, o acordo de pesca para o entorno da ilha de Maracá e as atividades desenvolvidas pela ESEC no ano de 2019.

Figura 1 - O moderador Charly Sanches conduziu os trabalhos na reunião.

O acordo de pesca para o entorno da ilha de Maracá foi uma demanda dos próprios pescadores da cidade de Amapá, especialmente dos que utilizam anzóis (espinhel). A competição com as redes de emalhe reduz a produtividade e provoca conflitos entre os pescadores. Grande parte da frota pesqueira que atua na região vem do Pará, que possui embarcações e redes de emalhe com alta capacidade de captura.

Pelo acordo proposto pelos pescadores, com apoio do ICMBio, espera-se limitar até 3 milhas náuticas no entorno da ilha de Maracá, foram dos limites da unidade de conservação, para pesca exclusiva de anzol (espinhel), que por ser mais seletiva traz menos impactos negativos à fauna aquática que utiliza a ilha como berçário.
Figura 2 - Debate sobre o acordo de pesca. Foto: arquivo EEMJ.

A discussão sobre o acordo de pesca vem ocorrendo há pelo menos seis anos, e o que mais dificulta a publicação de um ato normativo é constante mudança na política voltada para a pesca, tanto a nível federal quanto estadual. Para que se estabeleça uma portaria, por exemplo, é preciso saber qual instituição é responsável pelo ordenamento pesqueiro na região para que se possa avançar nesse processo.


Figura 3 - Conselheira Cecile Gama, representante do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA), comentando sobre o acordo de pesca.

O Plano de Ação do Conselho Consultivo é o documento que norteia as ações do conselho para o próximo biênio. Nele são definidas as ações prioritárias e os temas a serem tratados durante as reuniões. No plano atual, foram estabelecidas ações e metas vinculadas aos processos de Proteção, Gestão Socioambiental, e Pesquisa e Monitoramento.

O grupo de Gestão Socioambiental propôs atividades para a regulamentação da pesca, como a realização de reuniões comunitárias com reuniões bienais. Além da divulgação das atividades, como a produção de materiais, que ficou por responsabilidade da UEAP, ICMBio e PMA, para o desenvolvimento dessas atividades e captação de parceiros.


Figura 4 - Grupo da Gestão Socioambiental apresentado pela analista Cristiane Oliveira (ICMBio).

O grupo responsável pela Proteção, estabeleceu como atividades o aumento das ações de fiscalização, além da formalização de um instrumento legal para o acordo de pesca (portaria, decreto), e a aquisição de equipamentos para realizar cursos de capacitação para operacionalizar os equipamentos até o primeiro semestre de 2021.

Figura 5 - Ações formuladas pelo grupo de Proteção.

Com relação ao grupo de Pesquisa e Monitoramento, as ações se trataram de um diagnóstico de pesca, e foi sugerido como meta encontrar parceiros para desenvolver as ações ligadas ao diagnóstico. A segunda ação seria implantar projeto de inventários com a fauna e flora. 
Figura 6 - Grupo responsável pela elaboração de ações voltadas à Pesquisa e Monitoramento.

Para finalizar a reunião, o presidente do Conselho, Iranildo Coutinho falou brevemente sobre a situação física da base de Maracá na cidade de Amapá, que obteve da Prefeitura de Amapá um documento que admite a cessão do imóvel e agora poderá terminar as reformas necessárias.

Figura 7 - Retrospectiva da reformulação do processo do conselho.




terça-feira, 17 de setembro de 2019

A vigésima primeira reunião ordinária do Conselho Consultivo da ESEC de Maracá-Jipioca, ocorreu nos dias 29 e 30 de agosto de 2019, no telecentro do município de Amapá. Nela foram debatidos os novos desafios do conselho consultivo, como a elaboração de um plano de ação simples com atividades que possam ser desenvolvidas pelos próximos dois anos.

Participantes da reunião - membros do conselho e convidados.


De acordo com o presidente do conselho Iranildo Coutinho (ICMBio) houve um salto na quantidade de pesquisas realizadas na unidade, tanto por pesquisadores do estado, como também de outros países. Como exemplo, têm-se os trabalhos realizados pelo grupo de acadêmicos do curso de biologia da Universidade Federal do Amapá, que ocorrem através da parceria entre o professor Eduardo Campos (UNIFAP) e a EEMJ.

Iranildo Coutinho (ICMBio) - Presidente do Conselho Consultivo

Foi abordada na reunião a relevância ecológica das ilhas, que apesar da dificuldade em realizar os trabalhos de pesquisa e monitoramento, é extremamente importante a continuidade e crescimento do número de pesquisas. O moderador da reunião Charly Sanches ressaltou a importância da presença de pessoas na unidade, que fortalecem sua proteção através do distanciamento de infratores. 



Charles Sanches - Moderador da 21º Reunião do Conselho Consultivo. 

Em busca de um conselho ideal, foram levantados diferentes pontos a respeito das funções de um conselho. De acordo com os conselheiros, a atuação em diferentes áreas de interesse de cada membro, e a junção de ideias distintas, ajudam na gestão da unidade. Através de seu papel fundamental de articular com os órgãos e comunidades, o conselho  consultivo tem a capacidade de propor projetos e repassar para a população o que é discutido nas reuniões.



Karynne Veras (SEMAM) acha importante que seja repassado para as comunidades o que ocorre na ilha, pelo fato do difícil acesso à informação, e sugeriu a realização de exposições relacionadas às informações da unidade. De acordo com Cecile Gama (IEPA), seria interessante perguntar para a comunidade o que deve ser abordado nas reuniões do conselho, e Marcelo Gomes (SINGTUR-AP) sugeriu uma feirinha de ciências para mostrar o que acontece na unidade, como as pesquisas que estão sendo realizadas na ilha.



De acordo com Zenaide Miranda (UEAP) as reuniões do conselho e as demandas já deram resultado, e avalia que as coisas estão acontecendo, que estão havendo respostas e propostas. Iranildo finalizou a reunião abordando as ações que foram pontuadas nas antigas reuniões, entre elas as ações ligadas à pesca, salientando que atualmente existe um grupo atuando com pescadores de Calçoene e Oiapoque.


Conselheiros e convidados na 21ª Reunião Ordinária do Conselho Consultivo da Esec de Maracá-Jipioca.

quarta-feira, 29 de maio de 2019


O Conselho Consultivo da ESEC de Maracá-Jipioca realizou sua Vigésima Reunião Ordinária no telecentro do município de Amapá, nos dias 21 e 22 de maio de 2019. A reunião contou com a presença de 17 conselheiros.



Membros e Participantes do Conselho Consultivo.

Nas pautas da reunião, foram debatidos os projetos e resgate das pesquisas realizadas na unidade, como o Monitoramento de Manguezal e o Projeto de Pesquisa de Onças-Pintadas. Também foram abordados temas referentes ao conflito de pesca na região do Parque Nacional de Cabo Orange e a contaminação de mercúrio na região.

A analista ambiental e suplente do conselho Cassandra Oliveira (ICMBio) apresentou o processo de renovação do Conselho Consultivo da ESEC de maracá-Jipioca, partindo da criação, das portarias, até a nova composição do conselho, apresentando todas as instituições que o compõem. Foram exibidos 5 setores que devem fazer parte da nova composição, além do mapeamento das instituições que têm perfil para colaborar com a gestão da ESEC.

A representante da ONG IEPÉ - Renata Ferreira abordou a pesquisa de mercúrio que foi realizada no Estado do Amapá, mostrando os locais onde ocorreram as coletas e os componentes analisados para a pesquisa. Cecile Gama (IEPA) deu continuidade expondo a falta de estudos relacionados à contaminação de mercúrio, além dos graves problemas causados pelo metal no organismo humano. 

Cecile Gama, Representante do Instituto de Pesquisa Científica
 e Tecnologia do Estado do Amapá (IEPA).

Apesar de não haver como substituir o mercúrio por outro material para o uso no garimpo, Cecile informou que existem boas práticas que podem ser adotadas em garimpos, e que na região de Oiapoque os níveis de contaminação são mais baixos, porém faltam estudos sobre a contaminação nas pessoas da região. 

Sobre os conflitos de pesca no Litoral do Amapá, de acordo com o analista Paulo Silvestro (PNCO) a problemática relacionada a captura da pesca gó, se trata da pressão que os pescadores artesanais de Oiapoque e Calçoene têm sofrido na região devido ao uso da malha pequena (35mm) como material de pesca, o que gera a captura de filhotes de outras espécies de peixes que na fase adulta são alvos dos pescadores locais. 

Analista Paulo Silvestro, representante do 
Parque Nacional do cabo Orange.



O analista sugeriu a criação de uma câmara técnica no conselho de Maracá integrada ao conselho de Cabo Orange, para que haja troca de informações sobre a pesca e discussão sobre esta modalidade de pesca na região.

O presidente do conselho Iranildo Coutinho (EEMJ) informou que o monitoramento de manguezal na ESEC de Maracá, costuma ser feito em locais com exploração, mas por Maracá conter uma área considerável de mangue, acabou entrando no monitoramento. Devido à falta de recurso humano e financeiro, o monitoramento ocorre apenas uma vez por ano.

Iranildo Coutinho, presidente do Conselho Consultivo 
da Esec de Maracá-Jipioca.

Entre os trabalhos de pesquisas realizados na unidade, Iranildo Coutinho apresentou o atual projeto de pesquisa com onças-pintadas, suas hipóteses, objetivos, áreas de estudo, parceiros, primeiros dados e resultados obtidos a partir do monitoramento utilizando armadilhas fotográficas.

Após a aprovação da ATA pela plenária, foi encerrada a vigésima Reunião Ordinária do Conselho Consultivo da Estação Ecológica de Maracá-Jipioca.

Membros do Conselho Consultivo da Estação Ecológica de Maracá-Jipioca 
após a finalização de sua Vigésima Reunião Ordinária.



quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Dia Mundial das Áreas Úmidas - Você conhece as do Amapá?

Matéria reproduzida do site Amapá nas Costas

Visando o manejo adequado dessas áreas, no dia 02 de fevereiro de 1971, foi realizada a Convenção de Ramsar, no Irã, que culminou em um tratado assinado por diversas nações. Com isso, o dia 02 de fevereiro ficou marcado internacionalmente como o Dia Mundial das Áreas Úmidas.
Área Central do PARNA Cabo Orange. Foto: Arquivo PNCO

As áreas úmidas são zonas fundamentais para manutenção do bem-estar, tanto de espécies da fauna e da flora, quanto de populações humanas de áreas urbanas e/ou rurais. Funcionam como reguladores de temperatura e de regimes hídricos e cumprem papéis de caráter socioeconômico, recreativo e cultural. Por ser uma interface entre ambientes de terra firme e áreas aquáticas, são zonas com ampla diversidade de espécies da fauna nativa e migratória, que os utilizam como berçários e áreas de reprodução.

No Amapá, podemos encontrar diversas áreas úmidas, continentais ou costeiras. Algumas presentes dentro de Unidades de Conservação, como no Parque Nacional do Cabo Orange, Estação Ecológica de Maracá-Jipioca, Reserva Biológica do Lago Piratuba, Reserva Biológica do Parazinho, Reserva Extrativista do Rio Cajari, APA do Curiaú e APA da Fazendinha. Nas áreas urbanas, temos as APP’s, conhecidas como áreas de ressaca, a exemplo da Lagoa dos Índios.

Após relatos de comunitários da presença de Flamingos no Lago Bom Nome (Município de Amapá), as equipes do ICMBio Amapá realizaram em janeiro, o avistamento das aves no local, sendo essas da espécie Phoenicopterus ruber. Segundo os comunitários, no mês de outubro, era possível encontrar um bando de cerca de 4.000 indivíduos que começam a migrar no início das chuvas. Acredita-se que os indivíduos utilizam o local como área de reprodução e berçário da espécie.
 Flamingos no Lago Bom Nome. Foto: Girlan Dias

 Flamingos no Lago Bom Nome. Foto: Girlan Dias

Atualmente, 168 países são signatários do tratado da Convenção de Ramsar. No Amapá, o Parque Nacional do Cabo Orange tem o status de Sítio Ramsar, que afirma que a área é prioritária para conservação. No Brasil, temos um total de 13 Sítios Ramsar.